sábado, 27 de setembro de 2008

Aprendizado constante...

Tem pessoas queridas que, sem querer ou talvez por não saber a noção exata da dimensão que ocupam em nossa vida, nos dizem coisas que magoam, machucam, decepcionam. Nos marcam. Nos deixam triste, sem rumo, com lágrimas nos olhos... Por outro lado, nos fazem refletir sobre nossas próprias ações e perceber que somos seres HUMANOS que falham, que erram numa busca contínua de ser melhor, de estar melhor. Um aprendizado constante...
Amigos
(Vinícius de Moraes)

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os.

3 comentários:

Duli disse...

Dri, a vida é um aprendizado constante com os amigos e até com "aqueles" que não são tão amigos assim.

A graça é poder tirar o melhor disso tudo pra não se machucar mais. Sabe? Aquele história de fazer uma limonada com os limões da vida...

Espero que esteja tudo bem! Tudo de bom pra vc, mulher!

Beijos

Adriana Sousa disse...

Duli, sou uma pessoa que ama de verdade os amigos e quando acontece algo assim, não guardo rancor (faz mal!), mas fico triste mesmo. Sou de viver as emoções a fundo! Pisciana... (conhece mais alguém assim? rs)... Tô bem sim! beijo!!

Adriana Sousa disse...

É sempre bom vê-la por aqui! =)